Um número sem fim de poetas encarnados padece em sua
Alma de uma gris cicatriz à altura de seu corpóreo
Coração material...
Cicatriz essa, sempre "já quase fechada", que tão
Sensível às oscilações de humor da Madre Natureza,
Tempo em tempo deixa escorrer de si um fino e escuro
Fio de melancolia, uma negra seiva de saudade,
Desconsolo e solidão...
E dessa fluídica substância, profunda e involuntariamente
Extraída de si, o poeta abastece seu antigo tintureiro
Para dar à pena vida em palavras...
Para em palavras não ter pena de si e assim tornar à vida...
(Saturno)
Jesus Amor!!

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