Navio Fantasma
Pelos quatro costados do horizonte
Muito tempo só pude observar
O beijo marinho profundo do céu com o mar.
A noite enamorou-se por demais do infinito...
Pelos quatro costados do horizonte naveguei como um navio fantasma.
Sem bússola, sem rumo, sem coração...
A noite enamorou-se por demais do infinito...
Por mares desertos, desafiei o tempo com lágrimas salgadas.
Por terras distantes escondi minha vida.
E a noite enamorava-se do meu ser.
A solidão estava de mãos dadas com meu destino.
Por tempos infinitos chorei mares desertos...
Por terras distantes sangrei a verdade que escorria de minha alma...
A solidão estava agora encrustada em mim
Como o mais íntimo mar não navegado.
O navio fantasma abatia-se com as ondas.
O navio fantasma era a noite que se conduzia em mim.
Por tantos mares sem vento.
Por longitudes sem respostas.
A Terra não me fazia mais merecer.
O navio fantasma era a noite que eu conduzia de olhos abertos.
E todas as estrelas não me inspiravam esperança.
O mar da escuridão refletia toda as sombras do meu eu.
E era eu somente toda a tripulação do navio.
A noite enamorou-se por demais do infinito...
E o Céu da madrugada, tão sempre longe do Sol
Abençoava o sentido vazio quase infinito em mim.
A noite me soube tão tempo em si.
A noite me soube consigo.
A noite velava o navio fantasma em seus sonhos.
A noite enamorou-se por demais do infinito...
(Saturno)
Agosto 2006
Jesus is Love!!
domingo, 24 de fevereiro de 2008
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