quinta-feira, 1 de abril de 2010

Presente Amanhecer

Presente Amanhecer

O Pai contemplava um de seus filhos mais jovens a brincar em um dos jardins de sua imensa morada, quando resolveu aproximar-se e indagá-lo sobre que tipo de presene gostaria de ganhar, pois estava chegando a época de natal, e o filho já não mais acreditava em lendas sobre o Sol vestir-se de Noel...
"- Filho, sinto e o vejo mais crescido, e gostaria de tua opinião sobre que presente aprazaria mais teu coração nesta tua idade..."
"- Pai... Queria era um aquarius novo, pois meus peixes parecem todos conturbados, nadando em vão na confusão."
"- O peixe que me destes no primeiro natal, o qual o chamo Amor, não para de crescer, fazendo o peixe ódio nadar até outras águas a congregar seus peixes mais semelhantes como o Rancor, a Inveja, o Cinismo, a Ganância, o Medo, a Maldade, enfim, todos esses peixes que nadavam pelo fundo, a poluirem e turvarem as claras e límpidas águas onde o Amor e seus peixes amigos nadam mais próximos do Ar..."
"- Esse conflito de peixes, Pai, está comprometendo toda a beleza azul do meu antigo aquário, e me sinto mais em idade de vislumbrar harmonia entre tudo que pulsa vida aos meus sentidos..."
Sempre ciente de cada passo de seu rebento, mesmo assim, o Pai comove-se e abraça sorrindo seu filho, assim lhe dizendo carinhosamente ao ouvido...
"- Vou lhe trazer um aquarius totalmente novo neste inesquecível natal que se aproxima... Pois você cresceu e merece sim partilhar de toda a harmonia que teu coração aspirar... Novos peixes, novas águas... Que em nada lembrarão teus velhos brinquedos... Pois tua amplitude de sentidos nada rumo aos céus... Onde os peixes são mais leves e voam... Onde as água sabem-se ar e beijam o Sol para criarem novas e iluminadas estrelas..."
O filho então com um olhar um pouco constrangido pela aberta sinceridade que recebia em seus ouvidos, lhe pergunta com um coração apertado:
"- Pai... Será que não sentirei falta de meus antigos brinquedos?"
O Pai sorri em silêncio. Aponta a mão esquerda para o Céu Azul, onde era quase meio dia, e com o braço direito traz seu filho de encontro ao peito para mais uma vez com carinho lhe confessar ao ouvido:
"- Filho, a sua Alma sente falta do tempo em que não havia o brilhar do Sol?"
"- Sua Vida tem saudade do tempo em que a noite não permitia sequer um meio dia?"
Sabendo que o Pai lhe confiava e confessava uma verdade única e pura, o filho então cala toda e qualquer lágrima nata em prender-se à sombras e sonhos de passados e que pudessem sobrepor-se à sua serena face advinda da companhia de seu protetor maior...
Já era então meio dia, de um novo, interio e eterno dia, onde águas, peixes, filhos e pais sequer guardarão alguma lembrança das passadas eras que sonhavam a harmonia sempre sedentas de Paz...

(Saturno)
Jesus Amor!!

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